Oncoclínicas (ONCO3) refuta questionamentos da Polo Capital; Bradesco BBI mantém otimismo com empresa

Empresa caiu mais de 13% no Ibovespa após acusações

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Por Ana Luiza Serrão

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) subiram ligeiramente na bolsa hoje (23), após o maior grupo dedicado ao tratamento de câncer na América Latina ter refutado questionamentos da gestora Polo Capital sobre práticas contábeis em seus balanços, e com o Bradesco BBI demonstrando visão positiva quanto à companhia.

Os papéis ON da empresa encerraram o pregão desta sexta com alta de 0,93%, a R$ 9,79. Na véspera, as ações do grupo de saúde chegaram a cair mais de 13%, maior desvalorização desde a abertura de capital na B3.

Nos últimos dias, a Polo levantou um alerta, principalmente, sobre a forma como a Oncoclínicas apresentava seus custos médicos nos balanços, localizados no intangível em vez de estarem na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), o que, segundo a gestora, teria possibilitado alguns valores superestimados.

A Oncoclínicas, no entanto, refutou as acusações e disse seguir todas as normas contábeis em vigor. “A companhia registra contabilmente os custos médicos de suas operações devidamente como custo, de forma que tais custos impactam negativamente seu lucro bruto”, afirmou em comunicado nesta sexta-feira.

Em relatório, a equipe de analistas do Bradesco BBI, formada por Marcio Osako e Caio Rocha, declarou não ver grandes questões nos pontos levantados pela Polo Capital que possam mudar a visão positiva do banco sobre a empresa.

O banco de investimento, inclusive, avaliou que a queda recente das ações da Oncoclínicas com os questionamentos são uma boa oportunidade para investidores. O Bradesco BBI tem recomendação de ‘compra’ para Oncoclínicas ON e preço-alvo de R$14 por ação.