Por Luciano Costa
A empresa de geração renovável Omega Energia (MEGA3) fechou acordo com a trading de commodities Cargill para investimentos conjuntos em um parque eólico na Bahia, segundo fontes e documentos aos quais a Mover teve acesso.
Pela operação, subsidiárias da Cargill se tornarão sócias do complexo eólico Assuruá 5, em um modelo de negócio conhecido como “autoprodução”, pelo qual empresas podem ter seus próprios ativos de energia para reduzir custos com encargos, disseram as fontes, que pediram anonimato porque a transação ainda não é pública.
Procurada, a Omega Energia não respondeu de imediato aos pedidos de comentário. Não foi possível falar de pronto com representantes da Cargill. As empresas já haviam assinado um acordo em geração renovável antes, em 2020, quando a Cargill se comprometeu a adquirir energia eólica da Omega em um contrato de dez anos.
O projeto na qual a Cargill se tornará sócia, conhecido como Assuruá 5, terá cerca de 243 megawatts em capacidade. As obras começaram em março de 2022, e a Omega projeta colocar o ativo em operação no terceiro trimestre.
A expectativa da Omega é de que o parque na Bahia demande investimentos entre R$1,35 e R$1,4 bilhão, gerando lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização de R$175 milhões a R$195 milhões por ano quando operacional.
Não foi possível saber qual será a fatia da Cargill no empreendimento, ou qual será o desembolso da companhia no negócio.
Por volta das 16h30 desta quarta-feira, as ações ON da Omega Energia avançavam 0,55%, a R$10,93 cada. No ano, acumulam alta de 13,65%. A equipe de análise do Santander Corporate & Investment tem recomendação “compra” para os papéis, com preço-alvo de R$12,36.
Esta reportagem foi publicada primeiro no Scoop, às 16H31, exclusivamente aos assinantes do TC. Para receber conteúdos como esse em primeira mão, assine um dos planos do TC.