Por Erick Matheus Nery
Nos últimos dias, o Nubank ultrapassou o Banco do Brasil (BBAS3) na lista das maiores instituições financeiras do País em número de clientes. Agora, o “roxinho” assume o título de quarto maior banco brasileiro, mas a cofundadora Cristina Junqueira conta ao Faria Lima Journal (FLJ) que sua maior surpresa, na verdade, é outra.
“Claro que é uma realização, um orgulho, mas não é uma surpresa. Estamos trabalhando todo dia para isso! Agora, o que me surpreendeu foi a reação dos clientes. Fiz uma publicação nas redes sociais sobre isso e a quantidade de mensagens com textos como ‘parabéns, isso aí, vamos ser nº 1’. É muito gostoso e ainda me surpreende ver o carinho das pessoas, a torcida dos clientes, isso é muito legal”, afirma Junqueira em entrevista exclusiva ao FLJ.
De acordo com os números da autoridade monetária, o banco mais antigo do País agora ocupa a quinta posição no ranking do número de clientes, com 74,5 milhões de usuários. Já o banco digital que recém-completou dez anos de existência já soma 77,6 milhões de pessoas na sua base nacional e, na América Latina, o número chega a 85 milhões – de acordo com as informações divulgadas pela empresa à imprensa.
“É tão difícil você fazer alguma coisa extraordinária, ninguém chega lá por acaso. Você sabe muito bem tudo que você fez, quão difícil foi, todos os desafios que você enfrentou. Recebemos esse carinho até hoje, dez anos depois, com muitos acertos, mas também erros, somos uma empresa como qualquer outra. Às vezes falhamos, mas fazemos o nosso melhor para remediar.”
“É um misto de validação, porque a gente vê os clientes todos os dias, todos os nossos indicadores estão indo na direção correta, sabemos o quão duro trabalhamos para chegar nesses resultados”, destaca a executiva.
Atualmente, as três maiores instituições financeiras do País são a Caixa Econômica Federal, o Bradesco (BBDC4) e o Itaú Unibanco (ITUB4), respectivamente. Em comunicado à imprensa, David Vélez, CEO do Nubank, diz que esse crescimento reforça a eficiência e o potencial do modelo de negócios digital da companhia.
“Continuamos investindo em crescimento, pois acreditamos que ainda há um enorme potencial para aumentar a participação de mercado em vários produtos”, opina Vélez.