Marisa pedirá "standstill' a bancos credores hoje à tarde, dizem fontes

O processo consiste em um termo que visa congelar o endividamento e impedir a execução de dívidas

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Por Bruna Narcizo

A rede varejista Marisa está pedindo, neste momento, um acordo “standstill” aos bancos credores, termo que visa congelar o endividamento e impedir a execução de dívidas, disse ao Scoop uma fonte com conhecimento direto da situação.

O acordo é extrajudicial e não envolve uma proteção jurídica contra os credores — diferentemente da estratégia utilizada por Americanas e Oi, que passam agora por uma recuperação judicial.

A fonte preferiu não expor os bancos que receberão o pedido de standstill. Contudo, a estratégia denota que a situação financeira da Marisa é frágil.

Ontem, a companhia informou ao mercado que Adalberto Pereira dos Santos renunciou à presidência da empresa e Marcelo Adriano Casarin, à cadeira que ocupava no Conselho de administração da varejista.

A companhia também contratou a BR Partners e a Galeazzi Associados para trabalharem na reestruturação de suas dívidas.

De acordo com o último balanço disponível da Marisa, do terceiro trimestre de 2022, a dívida bruta era de R$788 milhões e representava 44,7% do patrimônio líquido. Deste total, cerca de R$314,3 milhões eram consideradas dívidas com prazo de vencimento menor do que um ano.

Perto das 12h15, as ações ordinárias da Marisa (AMAR3) caíam 3,54% na B3, cotadas a R$1,09.

Procurada, a Marisa ainda não retornou os pedidos de comentários do Scoop sobre o caso.

*Esta reportagem foi publicada primeiro no Scoop, às 12h19, exclusivamente aos assinantes do TC. Para receber conteúdos como esse em primeira mão, assine um dos planos do TC.