Por: Artur Horta
“A Magazine Luiza não comenta rumores de mercado”, disse o CFO, Roberto Bellissimo, a analistas que questionaram a possibilidade de uma capitalização da varejista. Na semana passada, circulou um boato de que a empresa avaliava uma oferta subsequente de ações na faixa de R$4 bilhões, e ontem a coluna Pipeline, do jornal Valor Econômico, disse que a família Trajano estudava um aumento de capital privado de R$2 bilhões.
Bellissimo disse aos analistas que a companhia tem liquidez e “está entrando em período de maior geração de caixa”, afastando a possibilidade de uma operação de capitalização no momento.
Sobre as “incorreções” em lançamentos contábeis divulgadas ontem o CEO varejista, Frederico Trajano, afirmou que as falhas foram corrigidas. O impacto no patrimônio líquido chegou a R$830 milhões, mas foi amenizado pela recuperação de créditos fiscais.
A Magazine Luiza determinou ainda o aprimoramento do sistema automatizado de gestão de verbas de fornecedores, melhoria do mecanismo de governança na negociação e apropriação de bonificações.
A maior empresa de comércio varejista do país registrou prejuízo ajustado de R$143,4 milhões no terceiro trimestre, queda de 15,7% na base anual, após ajuste contábil que impactou o patrimônio líquido em R$829 milhões, compensado parcialmente por R$507 milhões líquidos em créditos fiscais. Sem ajustes, o balanço mostraria lucro líquido de R$331,2 milhões. O TC Consenso projetava perdas de R$181,8 milhões no período.