Por Artur Horta
A Klabin (KLNB11) espera que o mercado de papel e celulose se mantenha difícil nos próximos 18 meses, o que traz um dilema sobre levantar novos projetos para crescimento da produção, disse o CEO da companhia, Cristiano Teixeira, em teleconferência com analistas e investidores nesta quarta-feira (2).
“Não há nenhuma previsão de anúncio ou estudo de projeto de crescimento neste momento na Klabin”, afirmou o executivo, que deve direcionar esforços para elevar a produtividade e a eficiência em custos da maior produtora e exportadora de papéis do Brasil.
A empresa eventualmente convive com um “dilema” entre crescimento e remuneração aos acionistas, já que está exposta à ciclicidade do mercado que, por vezes, inviabiliza o retorno financeiro de novos projetos. Neste ano, o baixo patamar de preços do papel e da celulose já levou ao fechamento de capacidade ou postergação de projetos na América do Norte e na Europa, segundo o diretor financeiro, Marcos Ivo.
Em relação aos custos, o CFO disse que a perspectiva para o custo caixa da celulose no segundo semestre é “no mesmo patamar do primeiro trimestre deste ano”, e que o custo caixa total por tonelada “está no teto” em relação ao ano passado.
“O pico do custo da madeira em nossos produtos na prática já aconteceu e deve manter o mesmo patamar em 2024. A queda deve ocorrer a partir de 2025 até 2033”, acrescentou o executivo.
Perto das 12h35, as units da Klabin recuavam 0,92% na B3, cotadas a R$22,54. No acumulado do ano, os papéis sobem 16,77%.