Por Bruno Andrade
A Irani (RANI3) reportou lucro líquido de R$ 228,7 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 170,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (31).
“O crescimento exponencial do lucro está relacionado principalmente ao reconhecimento de crédito no valor de R$ 161,1 milhões de PIS e COFINS sobre aquisições de aparas, objeto de trânsito em julgado de decisão judicial favorável à companhia, que reconheceu o direito ao crédito”, afirmou a empresa.
O resultado ficou 17% abaixo da expectativa do mercado, que esperava um lucro líquido de R$ 276,3 milhões.
O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 117 milhões, queda de 19,2%. “A redução foi puxada por uma menor receita líquida e lucro bruto realizados nos períodos comparativos”, disse a empresa.
A receita líquida somou R$ 394,4 milhões, baixa de 8%. De acordo com a Irani, a cifra foi impactada por variações de volumes e reduções de preços nos segmentos de atuação da companhia.
O volume de vendas do segmento de papelão Ondulado foi reduzido em 3,3% na comparação com o 2T22. Já o segmento de Papel para Embalagens Sustentáveis (Papel) totalizou 29,3 mil toneladas de venda, registrando redução de 10,6% quando comparado ao 2T22.
“Essa baixas estão relacionadas à redução de demanda por esses produtos no trimestre, conforme já observado no trimestre anterior”, disse a Irani.
A empresa também reportou paradas nas máquinas de papel em SC para a interligação com a Caldeira de Recuperação (Gaia I). Além de uma outra parada de manutenção da máquina de papel em MG.
“Com isso, tivemos uma perda total na produção estimada em 1.268 toneladas de papel flexível e 7.635 toneladas de papel rígido, acarretando uma perda não-recorrente de EBITDA estimada em R$ 13 milhões, em linha com o planejado no plano de negócio do projeto”, disse a empresa.
A posição de caixa no trimestre ficou em R$ 861, 9 milhões.
Além disso, 86% da dívida bruta da empresa está classificada no longo prazo, sendo 100% denominada em moeda local. A relação dívida líquida/Ebitda Ajustado foi de 1,95 vez no segundo trimestre de 2023, contra 1,11 vez no segundo trimestre de 2022.
“A elevação do indicador em ambas as comparações se deve ao avanço dos desembolsos com a Plataforma Gaia. A realavancagem é natural durante a execução dos investimentos e encontra-se em linha com os parâmetros estabelecidos na Política de Gestão Financeira da Companhia, que estabelece uma meta de 2,5 vezes”, explicou a Irani.
Veja o documento: