Por Luciano Costa — atualizado às 12h11 de 13/07/23, com correção no título e no 1º e 3º parágrafo
Os planos da Eletrobras (ELET3) para crescer em geração de energia devem focar aquisições, diante de um mercado cheio de possíveis negócios, disseram executivos da elétrica no Eletrobras Day nesta quarta-feira (13), ocasião em que aproveitaram para comentar o andamento de ações judiciais que discutem as regras da privatização da companhia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para contestar os termos da desestatização, principalmente o limite para votos da União em decisões da empresa, e outros quatro processos contestam a operação na corte.
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Ao comentar o tema das ações no STF, o vice-presidente Jurídico da Eletrobras, Marcelo Freitas, fez uma brincadeira. “Esse é um tema leve… esse é um tema que não tem preocupado nenhum de nós”. Segundo ele, o tribunal já decidiu não conceder nenhuma liminar sobre o tema, que deverá assim ter o mérito discutido em plenário.
Na frente de expansão, a Eletrobras vê tantos negócios possíveis no Brasil que adiará para um segundo momento os planos de expansão internacional, disse o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr.
“Oportunidades estão sendo colocadas para nós”, afirmou ele, citando dificuldades de outras empresas do setor devido à elevação dos custos de capital e à forte queda dos preços no mercado de energia, devido às boas chuvas nas hidrelétricas.
COMPULSÓRIO E DÍVIDA
A Eletrobras também está avançando em negociações de passivos associados ao chamado empréstimo compulsório, tendo conseguido reduzir em R$1,5 bilhão as provisões referentes ao tema no primeiro trimestre.
“Nesse próximo trimestre vamos dar um sinal aqui para vocês, deve ser pelo menos o dobro disso”, afirmou Ferreira.
Do lado da gestão do endividamento, a Eletrobras pretende fazer o pré-pagamento de R$4 bilhões em dívidas da controlada Santo Antônio Energia. “Estamos em tratativas com o BNDES e os bancos, esperamos concluir isso no terceiro trimestre”, disse a diretora financeira, Elvira Presta.
A CFO revelou ainda que a Eletrobras tem cerca de R$15 bilhões em créditos fiscais, e trabalha em estratégia para recuperação desses valores.
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