CVC (CVCB3): Renúncia de CEO deve atrasar ainda mais a recuperação da empresa, dizem analistas

Ações da empresa devem continuar pressionadas após anúncio

CVC/Divulgação
CVC/Divulgação

Por Bruno Andrade

A renúncia do CEO da CVC (CVB3), Leonel Andrade, é ruim para a empresa, pois deve atrasar todo o seu processo de recuperação, afirmaram os analistas da Guide Investimentos, Nexgen Capital e VG Research, ao Faria Lima Journal (FLJ) nesta quinta-feira (25).

Para Lucas Lima, da VG, o momento atual da CVC é de baixo crescimento e pressão no percentual da receita líquida sobre as reservas, o que mostra como a empresa não está conseguindo rentabilizar bem os últimos produtos lançados.

“Com isso, a companhia vai tentar arrumar a casa com um levantamento de capital de R$ 125 milhões, que deve ser anunciado até o mês de novembro”, disse.

Já Heitor Martins, especialista em renda variável na Nexgen Capital, comenta que a saída do CEO deve difcultar ainda mais essa tentativa de melhora das finanças da empresa.

“Com a saída de Leonel Andrade, a companhia deve demorar ainda mais para conseguir seguir com o plano de reestruturação e sanar os seus problemas financeiros”, disse.

Por fim, Mateus Haag, analista da Guide, comenta que a saída do CEO deve trazer mais pressão sobre as ações da empresa.

“A CVC está em uma situação operacional e financeira difícil. A saída do CEO sem um plano claro de transição deve dificultar ainda mais a recuperação da empresa e ser mal-recebida pelos investidores”, concluiu o especialista.

Na véspera, a CVC afirmou que constituiu um comitê de transição após a renúncia de Andrade, o qual será liderado pelo conselheiro Sandoval Martins, responsável pela direção do grupo até a chegada de um novo CEO, com o apoio dos membros da diretoria executiva.

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