Por Bruno Andrade
O Conselho de administração da Copel (CPLE6) aprovou os principais termos e condições da oferta pública de ações da companhia e a publicação do Prospecto Preliminar da Oferta Pública de Distribuição Primária e Secundária de Ações, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (26).
Na véspera, a companhia paranaense disse que o potencial “follow on” poderia levantar entre 4,3 bilhões e 5 bilhões de reais, com base no preço de fechamento de sua ação na segunda-feira.
Segundo uma fonte próxima da operação ouvida pela agência Reuters, a companhia e os bancos envolvidos se esforçaram para lançar a oferta dentro desta janela de mercado para aproveitar as condições favoráveis para a operação.
“Tende a ser uma das maiores importantes do ano, seja pelo tamanho seja pela essência da privatização”, disse.
Caso a companhia demorasse mais algumas semanas para lançar a operação, poderiam afetar o roadshow e a precificação da oferta as férias de verão no Hemisfério Norte durante o mês de agosto e eventuais restrições da CVM, com a Copel eventualmente tendo que utilizar o balanço do segundo trimestre como referência para a operação.
O “follow on” de privatização, inspirado nos moldes do realizado pela Eletrobras, deve ir a mercado mesmo sem haver definição sobre pontos considerados importantes para a operação que estão pendentes de análise por órgãos de controle.
O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda precisa definir o bônus de outorga bilionário que a Copel deverá pagar pela renovação da concessão de três usinas hidrelétricas, em operação atrelada à oferta de privatização. O processo começou a ser apreciado pelo plenário da Corte no início de julho, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo.
O ministro disse que poderia trazer o caso novamente ao plenário antes do prazo regimental de 30 dias, que encerra no início de agosto. Por ora, o processo não entrou na pauta de julgamento do TCU desta semana.
Segundo a fonte, o processo no TCU não é enxergado como complexo, estando praticamente “equacionado”, uma vez que se trata apenas da aprovação de um cálculo feito pelo Ministério de Minas e Energia, com base em premissas já utilizadas em outros casos precedentes de renovação de concessões hidrelétricas.
Em paralelo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná deverá fixar o preço mínimo para que o governo venda suas ações na oferta. Assim como no caso da Eletrobras, esse preço não se tornará público.
(Com informações da agência Reuters)