Casas Bahia: Demanda deve melhorar apenas no 2º semestre de 2024, diz CEO

Grupo não tem perspectivas de recuperação na demanda por seus produtos no curto prazo

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Por: Ana Luiza Serrão e Bruno Andrade

Em teleconferência nesta quinta-feira (9), o diretor-presidente do Grupo Casas Bahia (BHIA3), Renato Franklin, comentou os resultados do terceiro trimestre da segunda maior varejista do Brasil.

O Grupo Casas Bahia não tem perspectivas de recuperação na demanda por seus produtos no curto prazo, mas o cenário deve melhorar a partir do segundo semestre de 2024, disse Franklin.

Segundo o CEO, a gradual redução da taxa básica de juros brasileira ainda pode ajudar o cenário da demanda à frente. “Esperamos rodar em outro patamar no fim de 2024”, afirmou.

O foco da Casas Bahia, segundo Franklin, é se tornar referência nas categorias “core”, com a venda de eletrodomésticos, móveis, eletrônicos, entre outros, nas quais possui maior tradição de atuação.

A expansão de lojas deve voltar a ocorrer em um cenário melhor de geração de caixa, estimado para o período entre o fim de 2024 e o início de 2025. No entanto, a Casas Bahia deve “crescer mais no offline do que no online”, segundo Franklin. No curto prazo, o plano de transformação da companhia prevê o fechamento de 50 a 100 lojas.

Franklin afirmou que as discussões e decisões sobre a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) que poderia captar R$500 milhões podem possibilitar, em média, um adicional de R$200 milhões nas vendas da Casas Bahia. Para ele, o FIDC é uma alavanca complexa, mas já bem encaminhada.

Entre julho e setembro, a Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$836 milhões, acima das perdas de R$602,7 milhões projetadas pelo TC Consenso – calculado pela média de projeções de bancos de investimentos. Já o EBITDA ajustado ficou negativo em R$66 milhões, enquanto o consenso esperava ganhos de R$142,7 milhões.

Perto das 15h25, as ON da Casas Bahia recuavam 8,77% na B3, a R$0,52. Nos últimos 12 meses, os papéis caem 82,13%, e neste ano, desvalorizam 78,33%. No mesmo horário, o Índice de Consumo (ICON) caía 0,09%, aos 2.763,57 pontos.

(ALS+BA | Edição: Luciano Costa e Gabriela Guedes | Comentários: equipemover@tc.com.br)