Por Bruno Andrade
A Braskem (BRKM5) fechou um acordo de R$ 1,7 bilhão com a cidade de Maceió, capital do Estado de Alagoas, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (21).
A empresa explorava minas subterrâneas na região e esse processo causou o afundamento do solo no logo prazo, o que prejudicou cerca de 50 mil pessoas.
“O Termo de acordo global estabelece a indenização, compensação e ressarcimento integral do Município de Maceió em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial por ele suportado, e está sujeito à homologação judicial”, disse a empresa.
A gestão da capital alagoana pediu uma indenização de R$ 1 bilhão. A decisão do acordo saiu um dia após informações circularem na imprensa de que o Tribunal de Contas da União (TCU), iria suspender a venda das ações Braskem até que a empresa pagasse todo o valor para as famílias. A Braskem não informou uma data de pagamento.
Os controle acionário da companhia pertencem a Novonor, a antiga Odebrecht, que está em recuperação judicial após os escândalos da Lava Jato e busca vender suas ações da petroquímica para quitar dívidas.
A compra da Braskem está sendo disputada oficialmente por três empresas: J&F, Unipar e fundo Apollo. A J&F e a Unipar fizeram as melhores ofertas até o momento, de R$ 10 bilhões. A Petrobras (PETR4), que seria uma quarta interessada, tem o direito de preferência em comprar as ações da empresa, mas a estatal tem reafirmado que ainda não se decidiu sobre o assunto.
Segundo o documento desta segunda, a Braskem já havia provisionado R$ 700 milhões nos balanços anteriores.
Veja o documento: