BofA eleva preço-alvo para ação da Raízen (RAIZ4)

Empresa é a favorita do banco no agronegócio na Am. Latina

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Por Luciano Costa

O Bank of America reiterou a recomendação de “compra” para as ações da Raízen (RAIZ4), elevando o preço-alvo dos papéis de R$5 para R$5,90, e colocando-os como os preferidos no pujante setor do agronegócio da América Latina. As expectativas do BofA são de que o grupo de energia poderá se beneficiar de avanços na execução de seus projetos e do ciclo de redução nas taxas de juros do país.

Associação entre o grupo brasileiro de infraestrutura Cosan e a petroleira Shell, a Raízen tem metas de melhorar a produtividade na moagem de cana, enquanto avança na execução de projetos de etanol segunda geração, e essas duas avenidas de crescimento ainda não estão refletidas no valor dos papéis, apontou o time de analistas do BofA, formado por Isabella Simonato e Guilherme Palhares. “Além disso, a Raízen deve se beneficiar das taxas de juros em queda no Brasil, dado o prazo dos projetos”, escreveram em relatório.

“Vemos um forte momento para os lucros, dada a combinação de maior moagem, preços recorde do açúcar e menores custos”, acrescentou o time do BofA, que elevou em 5% a projeção de preço realizados para a companhia neste ano e destacou a redução nos custos com diesel e fertilizantes.

Os analistas destacaram que a inauguração da segunda usina de etanol segunda geração da companhia, prevista para agosto, deve ser um “marco” para a Raízen, mostrando sua capacidade de execução de projetos e “começando a destravar valor”.

O cenário para a Raízen também é positivo devido à relativa estabilidade dos preços dos combustíveis e à sinalização da Petrobras de que eles continuarão de alguma forma alinhados ao mercado internacional.

As PN da Raízen subiam 0,76% por volta das 10h53 na B3 nesta terça-feira, a R$4. Apenas neste mês, acumulam valorização de 10%, embora com retração de mais de 15% no acumulado de 12 meses.