São Paulo, 4/7/2024 – A construtora Azevedo & Travassos divulgou hoje acordo vinculante para avançar em uma combinação de negócios com a MKS, de engenharia de manutenção e construção, e com a Congem, de investimentos em infraestrutura, em movimento que envolverá a cisão da subsidiária de petróleo da companhia, que seguirá listada, disse o chairman do grupo à Mover.
A Azevedo & Travassos Petróleo, ou ATP, criada mais recentemente, continuaria na B3, com a mesma base de acionistas da A&T hoje, enquanto uma nova empresa gerada pela fusão também passaria a ter ações na bolsa, explicou à Mover o presidente do conselho da A&T, Gabriel Azevedo.
Fundos das gestoras REAG e 4iCapital, donos da MKS e da Congem, passariam a ser sócios controladores da nova empresa, que inclusive deverá buscar expansão com participação em leilões de concessões de saneamento e rodovias. Detalhes financeiros da transação não foram divulgados.
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Com a fusão, o braço de infraestrutura da Azevedo & Travassos mira uma verticalização de negócios, com objetivo de que os investimentos em concessões possam gerar contratos para a carteira (backlog) da unidade de construção do grupo.
“Todas empreiteiras brasilerias sempre fizeram isso, a verticalização. Não significa que vamos parar de buscar obras de terceiros, mas vamos conseguir nos tornar mais lucrativos”, disse Azevedo.
A MKS terá grandes sinergias com a Heftos, empresa de montagem em óleo e gás adquriida em 2021 pela A&T, enquanto a Congem, que está posicionada em 31 concessões de saneamento, teria complementaridade com a unidade de serviços da empreiteira.
Em saneamento, a intenção é disputar leilões de ativos fora dos grandes centros urbanos, e em rodovias o foco será por concessões de infraestruturas já em funcionamento, e não projetos ´greenfield´, acrescentou Azevedo.
PETRÓLEO
A Azevedo & Travassos Petróleo marcou a volta da empresa aos negócios de exploração e produção após mais de duas décadas, e desde o anúncio da operação o grupo fechou acordos importantes, incluindo a aquisição de ativos da Phoenix e uma parceria com a Petro-Victory, divulgados nas últimas semanas.
“Mas o ´pipeline´ não está encerrado. Ainda temos mais algumas oportunidades, para pelo menos terminar de analisar”, disse Azevedo.
Ele comentou ainda que a criação de duas empresas separadas, uma para construção e infraestrutura e outra para petróleo, atenderá também a uma demanda de parte dos investidores interessados nos negócios de óleo e gás, mas que não tinham apetite por serem sócios de uma empreiteira.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)
