Por Luciano Costa
A AES Brasil (AESB3) decidiu colocar à venda um parque eólico no Rio Grande do Sul, embora a operação não signifique uma retração dos investimentos da geradora renovável, mas, sim, um ajuste na carteira de ativos, disseram à Mover três fontes com conhecimento do assunto.
O complexo de Cassino, com 64 megawatts em capacidade, foi adquirido pela AES Brasil em transação fechada com a Cubico e concluída em novembro passado, mas a empresa avalia que o ativo acabou ficando “isolado” em suas operações renováveis, concentradas no Sudeste e no Nordeste, disseram as fontes, que pediram anonimato porque a operação não é pública.
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“É um projeto pontual que não tem valor estratégico nem sinergia com resto do portfólio”, resumiu uma das fontes que acompanha as negociações.
Procurada, a AES não comentou os questionamentos da Mover, e disse apenas que “segue consistentemente avaliando oportunidades no mercado que estejam alinhadas com sua estratégia de crescimento”.
O movimento da AES Brasil ocorre em momento em que diversas empresas buscam sócios ou desinvestimentos de ativos de geração de energia renovável. Fontes dizem que está difícil fechar negócios nesse ambiente, e esperam uma melhora do ritmo de fusões e aquisições no segundo semestre, com a concretização da queda dos juros no Brasil.
O parque Cassino está sendo oferecido a alguns potenciais interessados, inclusive investidores financeiros, como fundos de private equity e gestoras de ativos alternativos, disseram duas das fontes, com uma delas citando o Pátria Investimentos como uma das empresas a quem o negócio foi apresentado.
Apesar da operação para potencial venda da usina no sul, a AES Brasil está em momento de expansão, com os investimentos no primeiro trimestre atingindo R$745 milhões e superando em quase 150% o volume do início de 2022, com aportes principalmente na construção do complexo eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte.
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