Casas Bahia e Magalu disparam após redução da Selic e melhora no cenário internacional

Saiba o que fazer com as ações após a alta de hoje

Facebook/Magazine Luiza
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Por: Bruno Andrade

As ações do Magazine Luiza e das Casas Bahia disparavam no pregão desta sexta-feira na B3, após a redução na taxa básica de juros brasileira e a divulgação de dados do mercado de trabalho americano que corroboram com a tese do fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.

Por volta das 15h11, as ON do Magazine Luiza disparavam 11,28%, a R$1,48, enquanto as da Casas Bahia saltavam 13,04%, a R$0,52. No mesmo horário, o Índice Bovespa subia 2,79%, aos 118.253 pontos.

Para o CEO da Hike Capital, Jonas Carvalho, o otimismo do mercado acontece após o relatório de emprego urbano americano conhecido como Payroll mostrar a criação de 150 mil vagas de trabalho em outubro, uma redução significativa na comparação com as 336 mil vagas criadas em setembro. O dado veio abaixo da projeção de 180 mil novos empregos.

“O número reforça a tese de fim de alta de juros nos EUA e até leva o mercado a cogitar um possível corte de juros. Com a redução dos juros lá fora, o americano pode procurar outros lugares para investir e ver o Brasil como um país atrativo, o que deve trazer mais dinheiro para a nossa renda variável”, disse Carvalho.

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. “Com juros menores no Brasil e lá fora, o custo de oportunidade diminui e o consumo aumenta”, explicou Carvalho.

Mesmo com o otimismo do mercado, o analista da Mirae Asset, Carlos Soares, tem recomendação “neutra” para as ações das duas varejistas.“A questão fiscal precisa ser solucionada para que os cortes na Selic continuem acontecendo, resolvendo isso, as coisas podem melhorar como o mercado espera”, explicou, referindo-se ao imbróglio entre o governo e o Ministério da Fazenda em torno da meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem.

Para o Magalu, Soares comentou que “a empresa da família Trajano vai ao ataque quando os juros caírem”. Já para Casas Bahia, o analista prevê demora para a recuperação, em meio à reestruturação da empresa.

(BA | Edição: Artur Horta e Gabriela Guedes | Comentários: equipemover@tc.com.br)