Por: Luciano Costa
São Paulo, 11/01/2023 – Após um desempenho estelar em 2023, as ações da Petrobras iniciaram este ano mais próximas de grandes petroleiras globais rivais, destacaram analistas do Goldman Sachs em relatório, ao comparar os múltiplos da relação entre preço dos papéis e lucros das empresas.
“Há um ano atrás, o mercado estava preocupado com uma potencial mudança significativa nos dividendos, na alocação dos investimentos e na política de preços dos combustíveis da Petrobras, enquanto o que de fato aconteceu em 2023 tirou o risco desse cenário, o que se refletiu no preço das ações”, escreveu o time liderado por Bruno Amorim.
“O desconto do múltiplo preço/lucro (P/L) em relação às grandes rivais globais já caiu 57% em um ano, para cerca de 40% atualmente, agora similar à média dos últimos três anos”, apontaram, acrescentando que isso limita o espaço para as ações da Petrobras repetirem o forte salto de 2023.
Os papéis PN da Petrobras encerraram o ano passado com ganhos de 73,3%. Ontem, eles fecharam a R$37,75, diante de um preço-alvo de R$41 projetado para os papéis ao final do ano pelo Goldman Sachs.
No cenário do banco, a Petrobras teria espaço para distribuir até US$7 bilhões apenas em dividendos extraordinários com o anúncio do balanço do quarto trimestre. Isso representaria um rendimento com dividendos de 7%, que se somaria a 11% esperados para o dividendo ordinário da estatal.
O potencial ´dividend yeld´ total para 2024 é estimado pelo banco em de 11% a 18%, com os proventos extras. Para o Goldman, as projeções representam retornos “ainda atraentes”, embora bem abaixo dos históricos rendimentos com dividendos de 54% em 2022.
( LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)