Por: Sheyla Santos
O chefe de Tributos e Aduanas da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que o efeito das medidas para aumento de arrecadação federal, anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), neste ano, só será percebido em 2024.
Malaquias creditou o tombo da arrecadação federal, que tem apresentado queda consecutiva nos últimos três meses, às compensações tributárias de janeiro a agosto deste ano do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), e dos chamados saldos negativos, que são usados pelo contribuintes, segundo ele, como uma forma de reduzir pagamentos.
Em relação ao ano passado, ele ainda justificou a queda na arrecadação às receitas extraordinárias que impactaram o resultado de 2022.
“O comportamento das commodities no período explica porque a arrecadação não ficará no mesmo patamar de 2022”, esclareceu Malaquias, nesta quinta, em entrevista coletiva, referindo-se ao desempenho extraordinário do setor no ano passado.
Já o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, também presente na coletiva, destacou que vários fatores chamam a atenção no resultado de agosto: a queda no volume de importação; o comportamento da Cide-Combustíveis, afetado pela volta da tributação sobre combustíveis; e o desempenho diferenciado dos Juros sobre Capital Próprio, que influenciou a arrecadação sobre investimentos no exterior.