São Paulo, 20/06/2024 – A mineradora Vale divulgou nesta quinta-feira uma revisão de projeções para a unidade de Metais para Transição Energética, melhorando perspectivas da unidade focada em cobre e níquel para a qual recentemente atraiu novos sócios.
A produção de cobre da chamada VBM deverá fechar 2026 nível 5% acima da previsão anterior, de entre 375 mil e 410 mil toneladas, e em níquel deverá avançar 10% a mais que antes estimado, de 190-210 mil t. Os custos de produção (all-in), por outro lado, deverão recuar 10% em cada metal, segundo material apresentado pela Vale.
A capacidade de produção de níquel deve ser elevada a 250 mil t/ano até 2028, de 210 mil t antes da revisão, e em cobre para 500 mil t/a, de 400 mil t/a antes. No longo prazo, até 2030, a Vale vê potencial para atingir capacidade de 900 mil t em cobre e 300 mil em níquel.
Segundo a Vale, a unidade de metais básicos, usados na produção de baterias para carros elétricos, por exemplo, tem criação de valor potencial de US$2 bilhões nos próximos três anos. Em prazo maior, para além de 2028, poderiam ser mais de US$6 bilhões.
Apesar de quedas recentes nos preços do cobre e do níquel, a Vale disse que a “perspectiva de longo prazo do setor permanece inalterada”, com a transição energética impulsionando a demanda, via carros elétricos, por exemplo.
Nos mercados de cobre a Vale vê desafios de oferta, com déficit estrutural crescente, enquanto no níquel a previsão é de déficit surgindo e aumentando a partir de 2029, para apoiar a expansão do mercado de veículos elétricos.
A Vale ampliou a aposta nas unidades de níquel e cobre no ano passado, ao concluir processo de separação da Vale Metais para Transição Energética, atraindo ainda novos sócios que injetaram US$3,4 bilhões para ter 13% da unidade. O negócio recebeu aporte do saudita Public Investiment Fund.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)