São Paulo, 18/2/2024 – Os níveis de caixa de gestores de fundos globais recuaram a 3,5% em fevereiro, menor patamar desde 2010, de acordo com pesquisa conduzida pelo Bank of America Global Research neste mês, que mostra o aumento no apetite por risco do mercado, à medida que temores de uma recessão global recuaram às mínimas em três anos.
Segundo o levantamento, investidores seguem otimistas com os mercados acionários, favorecendo posição de compra, em meio a maiores perspectivas de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve neste ano. Paa a maioria, ou 77% dos participantes, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deve voltar a cortar juros neste ano, enquanto apenas 1% vê alta de juros.
A pesquisa do BofA mostra que 82% dos gestores veem como “pouco provável” uma materialização de recessão econômica global nos 12 meses adiante, enquanto apenas 16% veem risco de uma retração da atividade mundial, o menor nível desde fevereiro de 2022.
RISCOS NO RADAR
Uma aceleração econômica da China em 2025 é vista como principal catalisador de alta para os mercados, na visão de 35% dos gestores. Na ponta contrária, uma guerra comercial global é colocada como principal risco baixista para os mercados, de acordo com 42% dos gestores ouvidos pelo BofA.
Em uma eventual materialização de uma guerra comercial ampla, o ouro foi apontado na sondagem como ativo que deve ter melhor desempenho, na visão de 58% dos gestores.
Ainda assim, o principal risco de cauda para os gestores passou a ser uma eventual recessão econômica, que poderia ser gerada pela guerra comercial iniciada pelas ameaças de tarifas de Trump.
Em fevereiro, a maioria dos gestores globais (56%) seguiu favorecendo posição de compra nas ações de empresas de tecnologia conhecidas como “Magnificent Seven”– grupo que inclui Alphabet, Amazon, Microsoft, Nvidia e outras.
Ainda assim, 89% dos participantes da pesquisa do BofA veem as ações dos EUA sendo negociadas de forma “sobreavaliada”, maior patamar desde abril de 2001.
O índice europeu Euro Stoxx é apontado como o que registrará melhor performance em 2025, na visão de 22% dos gestores. Na leitura anterior, de janeiro, o Nasdaq era a principal aposta entre índices acionários, em termos de desempenho.