São Paulo, 11/03/2025 – O vice-presidente Geraldo Alckmin sinalizou hoje que o governo tomará novas medidas para preservar a competitividade do aço nacional diante de importações da China, após uma recente elevação de alíquotas sobre compras de alguns produtos siderúrgicos que foi elogiada pelo setor, mas ficou aquém do esperado.
“Finalmente, defesa! Fizemos a recomposição tarifária, e quero dizer em nome do presidente Lula, ao André (Gerdau Johannpeter), e a toda família Gerdau aqui, e aos trabalhadores, que vamos nos empenhar para aprimorar ainda mais essa recomposição tarifária, para fortalecer a indústria, para que ela possa crescer ainda mais, gerar mais emprego, e desenvolvimento”, afirmou.
Alckmin fez os comentários ao participar de evento da Gerdau para anúncio de expansão da produção de aço em Minas Gerais. Ele falou ao lado do presidente Lula, do governador mineiro Romeu Zema e de André Gerdau, vice-presidente do conselho do grupo.
O governo Lula elevou tarifas de alguns itens siderúrgicos em meados de 2024. Na época, o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, disse que mantinha diálogo com Brasília sobre o tema, e que o setor pedia tarifas sobre mais itens após uma fase inicial de avaliação da tributação.
A afirmação de Alckmin sobre a “recomposição tarifária” vem enquanto o presidente americano Donald Trump promete taxar importações de aço e alumínio do Brasil e de outros países que exportam para os EUA. As tarifas devem entrar em vigor a partir da quarta-feira, “sem exceções ou isenções”, segundo a Casa Branca.
Em 2024, as importações de aço do Brasil avançaram 18% na comparação com o ano anterior, e as exportações recuaram 18%, segundo dados do Instituto Aço Brasil, diante da forte penetração de importações principalmente da China.