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Azevedo & Travassos se junta à PetroVictory para avaliar ativos de Brava e Seacrest, dizem fontes

Azevedo & Travassos se junta à PetroVictory para avaliar ativos de Brava e Seacrest, dizem fontes
YouTube/Renoir Vieira - Reprodução

São Paulo, 17/12/2024 – A empreiteira Azevedo & Travassos tem ampliado sua recente aposta no setor de petróleo e gás, intensificando uma parceria com a Petro-Victory para avaliar potenciais aquisições no setor, incluindo algumas operações da Brava Energia, conforme divulgado hoje pela empresa, mas também outros ativos, como a Seacrest e mais oportunidades, disseram fontes à Mover.

Com capital aberto em Toronto, no Canadá, a Petro-Victory possui 38 concessões terrestres no Brasil, enquanto a Azevedo & Travassos criou uma subsidiária dedicada ao petróleo, a ATP, para retornar às atividades de exploração e produção, segmento em que havia atuado antes, entre os anos 80 e 90. O movimento da A&T teve a “benção” do empresário Nelson Tanure, conhecido pela experiência no setor e acionista da Prio.

“A Azevedo & Travassos Petróleo está querendo tudo, estão de olho na Seacrest também”, disse uma das fontes, que falaram sob a condição de anonimato, citando empresa listada na bolsa de Oslo, na Noruega, que comprou ativos da Petrobras e passa por dificuldades financeiras.

Uma segunda fonte confirmou a informação, e disse que as avaliações da A&T sobre a Seacrest seriam para uma oferta conjunta com a Petro-Victory. “Há uma aproximação intensa entre as empresas, essa parceria vai evoluir”.

Na manhã desta terça-feira, a Azevedo & Travassos informou que a ATP e a Petro-Victory assinaram, em “parceria igualitária”, acordo de exclusividade para potencial compra de dois ativos da Brava Energia, os polos Porto Carão e Polo Barrinha, ambos no Rio Grande do Norte. A Brava disse que os ativos envolvidos tiveram produção média de 250 barris de óleo equivalente por dia entre janeiro e novembro.

Já a Seacrest comprou o Polo Norte Capixaba, da Petrobras, em 2023, por US$460 milhões e mais pagamentos contingentes; e o polo Cricaré, por US$40 milhões, também com compromisssos de pagamentos futuros. Agora, a companhia é vista como potencial alvo de aquisição, em meio a dificuldades financeiras para quitar os pagamentos pendentes à Petrobras.

Procurada, a Azevedo & Travassos não quis comentar. Não foi possível encontrar de ponto representantes da PetroVictory e Seacrest.

A Azevedo & Travassos Petróleo, que reestreou com a aquisição da Phoenix, com ativos onshore operacionais, está em processo de cisão, para ser listada em bolsa como uma empresa à parte da A&T. A Petro-Victory já se comprometeu com investimentos de US$200 milhões até 2030 para desenvolvimento de suas operações no Brasil, sem contar novas aquisições.