São Paulo, 16/10/2024 – A expansão em saneamento, por meio da Sabesp, será tão prioritária para a Equatorial Energia quanto as operações de distribuição de eletricidade, hoje principal negócio do grupo, disseram executivos durante apresentação para investidores.
A Equatorial, que atuava originalmente no setor elétrico e entrou em saneamento a partir de 2021, no Amapá, venceu recente concorrência do governo paulista em busca de novo sócio estratégico para a Sabesp, com plano justamente de usar a empresa como veículo para acelerar as ambições em água e esgoto.
Durante o evento Equatorial Day, realizado hoje com analistas e investidores, a Equatorial disse que estão em fase de estudo licitações e parcerias público-privadas de saneamento que poderiam ser disputadas pela Sabesp potencialmente partir de 2025, em diversos Estados.
Entre as licitações em estudos citadas estão oito prováveis leilões ou parcerias públicas privadas (PPPs) de saneamento pelo país que podem acontecer entre começo de 2025 e final de 2026, além de outras três potenciais concessões no Estado de São Paulo.
Em SP, estão em avaliação concessões a serem lançadas em Pirangi, Cunha, e Guará, esta última com consulta pública encerrada em abril. No primeiro trimestre de 2025, a Equatorial vê em preparação novas concessões ou PPPs na Paraíba, Pernambuco e Minas Gerais.
No segundo semestre de 2025, estão em consideração licitações no Pará e Goiás, e em 2026 a Sabesp tem na mira concessões e PPPs no Rio Grande do Norte e Maranhão.
Apenas essas oportunidades em estudo somam investimentos potenciais de mais de R$87 bilhões, em concessões que atendem 29 milhões de pessoas.
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Após a Equatorial comprar participação na Sabesp, diversos bancos e analistas elevaram recomendação para as ações de ambas as empresas, destacando oportunidades de ganho de eficiência e aceleração de investimentos pós-privatização. O Itaú BBA subiu o preço-alvo da Equatorial de R$42,10 para R$50,10, enquanto o da Sabesp foi de R$120,30 para R$143,30 por ação.
ENERGIA
No segmento de distribuição, origem da Equatorial Energia, e no qual a empresa fez diversas aquisições e venceu privatizações nos últimos anos, a estratégia é crescimento orgânico ou com compra de “ativos estressados que venham a mercado”.
Também estarão no radar “oportunidades oriundas do processo de renovação de concessões”, segundo a empresa, que não citou alvos nominalmente.
Fora distribuição e saneamento, principais prioridades, a Equatorial também pretende avaliar potenciais oportunidades em geração, quando houver condições favoráveis de mercado, e em licitações de transmissão, “caso haja atratividade”, nessa ordem de prioridade.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)
