Destacaram papel das instituições

Nobel de Economia premia Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson por estudos sobre desigualdade entre nações

Nobel de Economia premia Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson por estudos sobre desigualdade entre nações

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson foram anunciados nesta segunda-feira como os vencedores do Prêmio Nobel de Economia, em reconhecimento por pesquisas sobre o papel das instituições na desigualdade de riqueza entre as nações. O trio se destacou ao explorar como a qualidade das instituições políticas e econômicas pode determinar o sucesso ou o fracasso de países ao longo do tempo.

O trabalho sobre o tema, amplamente divulgado no livro “Why Nations Fail” (2012), argumenta que o desenvolvimento econômico depende fortemente de instituições inclusivas, que incentivam a inovação, o empreendedorismo e a participação econômica. Em contrapartida, instituições extrativistas, que concentram poder e recursos em uma elite, geram ciclos de pobreza e exploração. Essa visão desafia teorias tradicionais que explicam a prosperidade apenas por fatores geográficos ou culturais.

As pesquisas de Acemoglu, Johnson e Robinson influenciaram formuladores de políticas e acadêmicos em todo o mundo, tornando-se fundamentais para a compreensão dos desafios de desenvolvimento e desigualdade. A teoria sobre instituições como determinantes-chave para o crescimento econômico tem sido aplicada em análises de diversas economias, desde países emergentes até nações desenvolvidas.

O Prêmio Nobel de Economia, oficialmente conhecido como o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1969 pelo Banco Central da Suécia. Entre seus ganhadores notáveis estão Paul Samuelson (1970), por suas contribuições à teoria econômica moderna, Amartya Sen (1998), por sua pesquisa sobre fome e desenvolvimento, e Esther Duflo (2019), pela aplicação de experimentos de campo na economia do desenvolvimento.