São Paulo, 27/09/2024 – As ações da Prio disparavam hoje, subindo mais de 3% no meio da tarde, depois que a companhia divulgou na noite de ontem acordo para a aquisição de participação de 40% da Sinochem no campo de Peregrino, confirmando notícias publicadas ao longo da semana sobre a transação.
Analistas de bancos avaliaram o negócio como positivo para a petroleira independente, e ainda destacaram que ela poderá buscar futuramente comprar o controle de Peregrino, que hoje pertence à norueguesa Equinor, o que foi posteriormente confirmado pela empresa em teleconferência.
O BTG Pactual escreveu que o movimento “poderá ser transformador para a Prio”, enquanto o Itaú BBA também elogiou a operação e elevou o preço-alvo das ações ON da PRIO, de R$61 para R$71 por papel, reiterando recomendação ‘compra’.
“Estimamos que a aquisição pode gerar uma taxa interna de retorno (IRR) de 29% e gerar valor (Valor Presente Líquido) de US$637 milhões, ou R$4 por ação, 10% da cotação atual”, apontou a equipe do Itaú BBA, liderada por Monique Greco.
O time do BTG, chefiado por Pedro Soares, avaliou ainda que as ações da Prio haviam caído exageradamente nesta semana, após a Folha de S. Paulo publicar que a empresa poderia pagar entre US$1,6 bilhão e US$1,9 bilhão por Peregrino — o valor final ficou no limite superior da faixa.
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O UBS-BB projetou que a operação pode gerar potencial valorização de R$5 por ação para a Prio, ou ainda mais no médio prazo se a Equinor de fato decidir vender sua fatia à frente.
Em teleconferência para comentar a transação, a Prio disse que a alavancagem não deverá ultrapassar 1,2x após a conclusão do ‘deal’, enquanto Peregrino elevará a produção da empresa em 42% e as reservas em 22%.
Para os analistas do UBS-BB, liderados por Luiz Carvalho, o ativo poderá gerar retorno de 27% para a Prio em cenário de preços do petróleo na casa dos US$75 por barril.
O Goldman Sachs destacou ainda que, segundo notícias, a Prio poderá aproveitar US$632 milhões em créditos fiscais da Sinochem com a transação, aliviando pagamentos de impostos nos próximos anos.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)
