Por: Luciano Costa e Luca Boni
São Paulo, 04/09/2024 – A Track&Field aposta em um plano de reforma e abertura de lojas para ampliar vendas, enquanto no longo prazo coloca as fichas no potencial da plataforma de experiências e eventos esportivos TFSports, capitalizando o interesse cada vez maior por iniciativas como corridas de rua, disse hoje o CEO, Fernando Tracanella, em entrevista à TC News.
Os endereços da varejista que passaram por renovação praticamente dobraram a velocidade de vendas, disse Tracanella, que projeta encerrar 2024 com mais de 40 unidades reformadas, além de 40 novas unidades.
“O efeito de reformas tem sido importante. No segundo trimestre, tivemos crescimento de vendas mesmas-lojas (SSS) de 16,4%, e nas reformadas cresceram 30%. E a boa notícia é que ainda vamos terminar o ano com metade das lojas ainda por reformar, tem bastante oportunidade de continuar crescendo vendas”, afirmou o CEO, que participou do programa Almoço de Negócios, na TC News.
O executivo comentou também que a Track&Field sofre menos que algumas rivais do varejo no atual momento macroeconômico ainda desafiador, de juros elevados, por ter clientes com poder aquisitivo maior, mais resiliente a fatores como inflação de alimentos e taxas de juros. Além disso, a companhia não tem dívidas, e nem pretende, segundo Tracanella.
TFSPORTS
A Track&Field é bastante otimista com as perspectivas da plataforma TFSports, um ecossistema de promoção de eventos incluindo corridas, circuitos de beach tennis e outras atividades físicas que já supera 700 mil usuários.
No segundo trimestre, analistas do BTG Pactual destacaram a maior participação das receitas da TFSports no balanço da Track&Field, mas pontuaram que os investimentos na unidade e as margens menores dos eventos em relação às lojas acabaram pesando negativamente nos resultados.
“Nós tratamos a TFSports intermente como uma startup. Tem muito potencial de geração de valor futuro para os acionistas, em função do aumento exponencial do aumento do número de usuários da plataforma, que daqui muito pouco tempo chegará a 1 milhão”, afirmou Tracanella.
“É um investimento estratégico, que pode colocar alguma pressão no resultado, mas na nossa visão é de longo prazo, vai agregar muito. E é um investimento muito menos arriscado, porque já fazemos faz tempo, e muito menos custoso que um M&A, uma aquisição, que em geral acaba diluindo acionistas, trazendo dívidas”, explicou o CEO.