Wall Street avança após membros do Fed diminuírem tensão bancária

Três presidentes regionais do Fed disseram que o sistema bancário está a salvo

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Por Gabriel Ponte

As bolsas de Wall Street encerraram a sessão desta sexta-feira em alta, após representantes do Federal Reserve minimizarem a gravidade da crise bancária em curso.

O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 fecharam em altas de 0,52%, 0,41% e 0,28%, respectivamente. Na semana, os índices também acumularam ganhos de 1,39%, 1,18% e 1,97%, na mesma ordem, a despeito de o Fed ter elevado os juros em 25 pontos-base e seu presidente, Jerome Powell, não ter indicado perspectiva de corte de juros neste ano.

Por volta das 17 horas, os juros dos Treasuries de dois anos – mais sensíveis à política monetária – recuavam 7,0 pontos-base, a 3,767%. Já os rendimentos dos Treasuries de dez anos perdiam 5,8 pontos-base, a 3,374%.

Os índices acionários começaram o dia em queda, seguindo o mau humor vindo da Europa, provocado por temores quanto à saúde financeira do Deutsche Bank. O custo dos dos contratos de Credit Swap Default (CDS), espécie de seguro contra calote, disparou, contaminando também as ações e reforçando o ambiente negativo nas bolsas de forma geral.

Esse movimento de queda, entretanto, foi revertido após declarações de três presidentes de bancos regionais do Fed no sentido de que o sistema bancário dos EUA não está enfrentando problemas de liquidez. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, chegou a afirmar que o Silicon Valley Bank era um “banco muito incomum”, e as ferramentas empregadas pelas autoridades serão “bem-sucedidas”.

No dia, os setores de serviços públicos e imobiliário lideraram os ganhos na NYSE. Na ponta oposta, os segmentos de consumo discricionário e de finanças tiveram a pior performance na sessão. Os papéis do Deutsche Bank, listados na NYSE, recuaram 3,11%, acompanhando a sessão negativa nos mercados europeus.

Na ponta oposta, os os papéis da Activision Blizzard listados na Nasdaq avançaram 5,91%, liderando os ganhos percentuais. A autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido afirmou nesta sexta que a compra da companhia pela Microsoft não deve afetar, de forma substancial, a concorrência em relação aos jogos de console.