Wall Street fecha em alta depois de Tesouro dos EUA amenizar crise bancária

Yellen afirmou que os EUA vão garantir a segurança dos depósitos bancários

Pixabay
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Por Gabriel Ponte

Os principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão desta quinta-feira em alta, recuperando-se parcialmente das perdas de ontem, com investidores monitorando comentários da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que garantiu que medidas adicionais podem ser tomadas para manter os depósitos bancários seguros no país.

Os índices S&P500, Dow Jones e Nasdaq 100 avançaram 0,30%, 0,23% e 1,29%, respectivamente. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos – mais sensíveis à política monetária – recuavam 13,9 pontos-base, a 3,802%, e os de dez anos perdiam 4,1 pontos-base, a 3,397%.

Em audiência na Câmara dos Deputados hoje, Yellen afirmou que os EUA estão preparados para tomar medidas adicionais e garantir que os depósitos bancários de americanos permaneçam seguros, o que aliviou em parte a aversão ao risco de ontem, quando ela disse ao Senado americano que o governo não avaliava conceder uma “garantia geral” para depósitos bancários.

Ontem, as perdas dos índices de NY também foram impulsionadas após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, pontuar que o cenário-base do Fed não prevê corte de juros neste ano. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) decidiu ontem à tarde elevar as Fed Funds em 25 pontos-base.

Os índices subiram nesta quinta-feira amparados pelas ações do setor Tecnológico, beneficiadas pela sinalização de Powell de que uma eventual crise de crédito derivada da falência de bancos regionais nos EUA pode minar a continuidade do aperto monetário americano.

Os papéis da Microsoft e da Apple avançaram 1,97% e 0,70% na Nasdaq, respectivamente, seguidos pelos da Nvidia e da Tesla, em altas de 2,73% e 0,56%, na mesma ordem, com leitura de que o Fed deve interromper o ciclo de altas dos juros adiante.

Investidores também acompanharam mais cedo a decisão do Banco da Inglaterra de elevar os juros britânicos em 25 pontos-base, para 4,25%, em linha com o consenso. A autarquia apontou que a inflação deve desacelerar rapidamente, o que aumentou a confiança entre investidores de que os banqueiros centrais, à nível global, devem diminuir o ritmo do aperto monetário.