Busca e apreensão vê risco de destruição ou perecimento de provas

Decisão "traz camada de complexidade ao caso", diz membro de comitê independente

Agência Brasil
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Por: Marcio Aith

A juíza Andrea Galhardo Palma, da Justiça Empresarial de São Paulo, autorizou um pedido do Bradesco e decretou a busca e apreensão das comunicações, especialmente emails, dos executivos, membros do Conselho de Administração, membros de conselhos das Americanas pelos últimos 10 anos. Os funcionários das áreas de contabilidade e de finanças que trabalham ou trabalharam nas Americanas também tiveram o seu sigilo telemático quebrado. A juíza alegou risco do desaparecimento ou perecimento de provas.

As Americanas têm um rombo de R$ 20 bilhões em sua contabilidade. A companhia nomeou membros de um comitê para averiguar se houve erro contábil. Os bancos credores, entre eles o Bradesco, que tem um crédito de R$ 4,7 bilhões, foram os mais prejudicados e estão descrentes de qualquer iniciativa que parta da rede varejista.

Ontem, ao mesmo tempo em que o Bradesco entrava com a ação de produção antecipada de provas contra a Americanas, soltou um comunicado dizendo que o comitê, “de independente, não tem nada”. O banco citou eventuais conflitos éticos de dois dos membros do comitê, que, também ontem, manifestou-se, em nota, chamando tais acusações do Bradesco de “levianas”. Sobre o processo judicial movido pelo Bradesco, um membro das Americanas disse ao FLJ que ele trará uma “camada a mais de complexidade”

Veja, abaixo, a decisão judicial que determinou a busca e apreensão: