Sem promessa milagrosa, escola digital projeta faturamento de R$ 70 mi

O Novo Mercado mira novas funcionalidades para expandir atuação

Unsplash
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Por Erick Matheus Nery

De olho na necessidade dos negócios de se posicionarem na internet, o grupo O Novo Mercado tem uma meta ousada para este ano: faturar R$ 70 milhões, principalmente online. Para tirar esse plano do papel, a escola de marketing e negócios digitais foge dos “gurus” do dinheiro fácil e busca fortalecer seu ecossistema educacional com novas iniciativas que fomentem a empregabilidade.

Ao Faria Lima Journal, o CEO da companhia, Jonatas Figueiredo, ressalta que, desde grandes empresas até pequenos empreendedores estão todos em busca de pessoas qualificadas para atividades no ambiente digital, como a gestão de redes sociais e a produção de conteúdos multiplataformas, mas que nem sempre elas são encontradas.

“Quando entrei aqui na empresa, encontrei um produto ideal para essas pessoas porque, em três meses, você aprende uma competência que está sem mão-de-obra e, ao mesmo tempo, é extremamente popular e te introduz no mercado”, comenta o executivo.

No ano passado, a empresa faturou R$ 53 milhões somando suas diversas vertentes, que englobam cursos, assinaturas, documentários e uma editora. Desde o início do negócio, em 2016, quase 160 mil alunos já passaram pelas formações. 

Segundo Figueiredo, uma das principais apostas para o crescimento do negócio neste ano é o desenvolvimento de um marketplace no qual os integrantes da comunidade terminam as formações e entram em um sistema de “classificados”, no qual fiquem visíveis para as empresas que estão buscando esses profissionais especializados no mercado digital.

Além disso, a retomada dos eventos presenciais também está no radar da companhia que, entre os dias 28 a 30 de julho, realizará uma imersão em São Paulo destinada a profissionais que buscam aprimorar e escalar seus resultados na internet. Entre os palestrantes confirmados no evento, encontram-se a cofundadora do Nubank Cris Junqueira, o influenciador digital e empresário Renato Cariani, o neurocientista Eslen Delanogare e o fundador do O Novo Mercado Ícaro de Carvalho.

“O evento é focado nos empreendedores. Temos uma série de profissionais no mercado de trabalho, que são mais rápidos de serem formados do que os empreendedores, porém, cada um desses líderes precisa de muitos funcionários. Então, estamos focando agora nesse público para que eles consigam profissionalizar sua estrutura, mas eles não sabem como”, afirma.

E, para quem pensa que a internet está saturada, Figueiredo afirma: “Existe essa visão pessimista das pessoas que olham para qualquer oportunidade comparando ela com o passado, mas elas nunca olham quanto custou para essas pessoas que começaram lá atrás chegarem onde estão hoje. Historicamente, o pioneiro tem uma vantagem, mas é muito mais fácil você ser o segundo ou terceiro porque já foi construída uma estrutura para que você possa entrar”.

“Quando o Ícaro começou, não tinha uma empresa como a nossa nem um mercado de trabalho delimitado como tem hoje. Às vezes, ele tinha que explicar o que eram os negócios na internet. Hoje, tem espaço para todo mundo e isso é possível porque justamente essas pessoas pavimentaram o caminho. Além disso, escuto essa dor da falta de mão-de-obra qualificada, meus clientes corporativos reclamam e precisamos abrir mais turmas para suprir a demanda”, complementa.