Santander estabiliza inadimplência, mas lucro cai 12,6% e vai a R$2,72 bilhões no 3T23

Número fica dentro da expectativa do mercado

Facebook/Santander
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Por: Bruno Andrade

O Santander Brasil (SANB11) reportou lucro líquido recorrente de R$2,72 bilhões no terceiro trimestre, queda de 12,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira. O número ficou em linha com o TC consenso de R$2,7 bilhões.

O Retorno sobre o patrimônio médio (ROEA) ficou em 13,1%, queda de 2,3 pontos percentuais na base anual. Já na comparação trimestral, o número subiu 1,9 ponto percentual.

A rentabilidade dos bancos caíram fortemente nos últimos trimestres, principalmente a do Santander e do Bradesco. Um dos motivos foi a alta da inadimplência, que fizeram com que os bancos reservassem mais dinheiro para suprir o não pagamento de dívidas por parte de seus clientes, o dinheiro separado é conhecido como Provisão para Devedores Duvidosos (PDD).

Embora o terceiro maior banco privado do país tenha passado por essa alta da inadimplência nos trimestres recentes, os números do balanço mostram que a inadimplência acima de 90 dias ficou em 3%, estável na base anual e recuou 0,3 ponto percentual no comparativo trimestral.

De acordo com o banco, os números reforçam “viés de melhora do custo de crédito para os próximos períodos e nos permite retomar gradualmente o crescimento de carteira”, disse em trecho do balanço.

As Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) recuaram 9,5% na base anual, para R$5,62 bilhões. “A melhora é reflexo da nossa estratégia de focar em clientes com melhor perfil de risco e em produtos com garantias, que aumentaram 13,0% no ano (no acumulado em 9 meses), principalmente pelo segmento de pessoa física”, disse a empresa.

No final do trimestre passado, o CEO Mario Leão disse em coletiva de imprensa que o Santander Brasil estava focando em produtos de crédito que tivessem algo valioso como garantia, como automóveis e até imóveis. A estratégia seria para superar a disparada da inadimplência da pessoa física em meio aos juros altos.

A margem financeira somou R$13,4 bilhões, crescimento de 2,21% ano a ano. “A melhora se deu pela dinâmica positiva da margem com clientes, principalmente pelo resultado de captações e das operações com mercado”, explicou a companhia.

A carteira de crédito ampliada foi de R$625,48 bilhões, crescimento de 7,9% na base anual. 

“A alta foi impulsionada pelo crescimento acelerado em títulos e avais e fianças no ano, além disso, as novas safras, originadas a partir de janeiro de 2022, vêm apresentando um perfil mais adequado de risco e já representam 63% de participação da carteira total de setembro, crescimento de 22 p.p. no ano”, disse a empresa.

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