Por: Márcio Aith
Após o governo de Minas Gerais decepcionar os mercados ao desistir da privatização de sua estatal de energia, a Cemig (CMIG4), e sinalizar que pode federalizá-la, investidores passaram a temer que o mesmo possa ocorrer com a companhia de saneamento paulista Sabesp, que passa por etapa similar. A hipótese, no entanto, foi rebatida com veemência pelo presidente da Companhia paulista, André Salcedo, em entrevista exclusiva ao FLJ.
“Olha, é a primeira vez que eu escuto essa”, brincou. “A rota de desestatização (privatização) da companhia está muito bem desenhada. É um projeto muito bem gerenciado pelo governo, com apoio do IFC (braço privado do Banco Mundial); existe um projeto de lei também bem maduro na Assembléia Legislativa de São Paulo, com a expectativa de ser votado na próxima semana. A rota está muito bem desenhada.”
O estado tem 50,3% das ações listadas em Bolsa. O projeto é remanescer com algo entre 15% e 30%, tendo, com esse percentual, voz ativa na promessa de universalização dos serviços de água e esgoto da população de São Paulo até 2029.
“A partir daí, acho que é uma decisão do estado também se permanece ou não na companhia, uma decisão que que vai ter que ser tomada ainda”, afirmou o CEO.