Preços em alta do minério de ferro e petróleo puxam ações na B3

Vale e Petrobras são beneficiadas pela movimentação

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Por Ana Luiza Serrão

Ações de empresas listadas na B3 ligadas ao petróleo e ao minério de ferro operam em alta nesta quinta-feira (14), apoiadas pela força das commodities, que renovaram máximas recentes em meio a um menor pessimismo com a demanda da China.

Por volta das 12h43, as PN da Petrobras subiam 2,03%, enquanto as ON da Vale avançavam 3,68%. A Bradespar PN, empresa do Bradesco que detém participação na Vale, liderava em ganhos percentuais no Ibovespa, subindo 5,26%. O Índice operava em alta de 0,75%.

Entre produtoras independentes de óleo e gás, as ações ON da PRIO saltavam 1,62%, tocando máximas históricas na sessão, enquanto PetroReconcavo e 3R Petroleum também subiam 1,90% e 0,78%, respectivamente.

No segmento de minério, os papéis ON da CSN Mineração e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) valorizavam 2,33% e 3,24%, nesta ordem, no mesmo momento.

No mercado de petróleo, o barril do Brent, referência global, bateu hoje máxima desde novembro de 2022, acima de US$93, ajudado por cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).

No minério de ferro, os contratos futuros negociados em Cingapura tocaram máxima de US$122,60 por tonelada, maior valor desde abril de 2023, a caminho da quinta sessão de alta consecutiva.

Em relatório ontem, o Bank of America destacou expectativa de medidas do governo chinês nos próximos dois meses para apoiar os mercados imobiliário e de crédito, “que potencialmente ajudarão a estabilizar o sentimento e restaurar a confiança”, o que favoreceria a demanda por commodities.

O banco americano também avaliou, em relatório separado, que o Brent pode ultrapassar US$100 ainda neste ano se a OPEP+ mantiver cortes, devido ao cenário de demanda resiliente na Ásia.

O mercado da commodity era apoiado por expectativas de que siderúrgicas chinesas terão que comprar mais minério para abastecer seus estoques, recorrendo a grandes volumes de importação, o que deve pressionar preços, segundo analistas citados pela Reuters.