Petrobras (PETR4) sobe após corte na produção de petróleo da Opep

PRIO e 3R Petroleum acompanham alta da Petrobras

Pixabay
Pixabay

Por Giovanni Porfírio

As ações do setor de óleo e gás, incluindo as da Petrobras (PETR4)e de empresas menores, independentes, sobem na bolsa nesta segunda-feira, com corte da oferta por países importantes na produção da commodity.

Perto das 10h40, os papéis ordinários da PRIO, maior petroleira independente do país, subiam 5,77%, a R$32,99. As ações da 3R Petroleum disparam 5,26%, para R$31,02, seguidas por PetroRecôncavo, que subiam 5,31%, a R$21,44.

Os papéis ordinários de Petrobras subiam 3,66%, a R$27,46, enquanto os preferenciais avançavam 3,33%, a R$24,23. O índice Ibovespa recuava 0,68%, a 101.298 pontos, no mesmo horário.

O petróleo Brent subia 6,21%, a US$84,85 o barril, depois que a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) anunciaram cortes inesperados mais de 1 milhão de barris por dia em produção.

“Havia análises de que o petróleo poderia chegar a US$100 por barril, e acho que vai chegar se continuar esse corte de oferta da Opep+. A depender de como será o crescimento chinês, há chances de o barril chegar a US$100 já para o meio do ano”, disse à Mover o sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues.

Para a Petrobras, no entanto, a alta do petróleo pode trazer desafios adicionais na gestão dos preços dos combustíveis, em momento em que executivos da companhia e membros do governo têm falado em mudar as fórmulas da estatal para definição das cotações.

Segundo Rodrigues, do CBIE, esse avanço de preços será a “prova dos nove” da atual política de preços da Petrobras, o chamado Preço de Paridade Internacional, PPI. “Se ela for seguir o PPI, tudo indica que ela teria que aumentar preço no curto ou médio prazo. Estamos vendo agora que a tendência é de alta. O PPI deveria acompanhar essa tendência e subir. Vai ser a prova de fogo da Petrobras”, acrescentou.

As reduções de oferta da Opep+, grupo que inclui Arábia Saudita e Rússia, entrarão em vigor em maio, e vêm em resposta ao recuo dos preços do petróleo no mês passado, diante do receio com a demanda após a crise gerada pelo colapso com o Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, e o socorro forçado ao Credit Suisse.