Petrobras (PETR4) e "junior oils" sobem com recuperação do petróleo diante de tensões geopolíticas na Europa

Petróleo continua a se recuperar após significativa retração por preocupações com crise bancária

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Por: Giovanni Porfírio

As ações do setor de óleo e gás, incluindo as da Petrobras e de empresas menores, independentes, sobem na bolsa nesta segunda-feira, conforme os preços do petróleo continuavam a se recuperar após significativa retração por preocupações com a quebra de bancos nos Estados Unidos e a crise do Credit Suisse.

Parte de alta vista hoje deve-se ao aumento das tensões geopolíticas na Europa, depois de o presidente russo Vladimir Putin ter afirmado durante o fim de semana que o país instalará armas nucleares táticas em Belarus, segundo relatório diário da Refinitiv sobre o mercado.

Perto das 15h20, os papéis ordinários da PRIO (PRIO3), maior petroleira independente do país, subiam 3,96%, a R$31,48. As ações da 3R Petroleum (RRRP3) disparam 2,27%, para R$30,68, seguidas por PetroRecôncavo, que subiam 3,47%, a R$21,17.

Os papéis ordinários de Petrobras (PETR3) subiam 1,79%, a R$26,12, enquanto os preferenciais (PETR4) avançavam 2,28%, a R$23,31. O índice Ibovespa avançava 1,02%, a 99.836 pontos, no mesmo horário.

O petróleo Brent subia 4,37%, a US$78,27 o barril, máxima desde 15 de março, com clima externo de menor aversão ao risco, após alívio em preocupações com uma quebra bancária em série nos EUA, e em linha com a repercussão de notícia da agência Tass sobre o plano do governo russo para colocar armas nucleares táticas em Belarus.

A Rússia é uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, e o conflito da potência com a Ucrânia tem ajudado a sustentar os preços da commodity mais negociada do mundo desde o início de 2022. No sábado, Putin disse que a medida russa não violaria acordos de não proliferação nuclear, acrescentando que os Estados Unidos têm armas nucleares posicionadas em territórios de aliados europeus.

Ontem, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borell, pediu que Belarus não hospede armas nucleares russas, afirmando que poderia sofrer mais sanções se o fizer.