Por Gabriel Ponte
As principais bolsas americanas renovaram máximas de fechamento nesta segunda-feira (17), descolando-se dos fracos dados reportados pela economia chinesa na véspera, com os investidores aguardando uma nova bateria de resultados trimestrais a serem reportados a partir de terça.
O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 avançaram 0,39%, 0,22% e 0,95%, respectivamente. Além de renovar as máximas de fechamento para 2023, os índices também encerraram no maior nível desde abril, novembro e janeiro de 2022, na ordem.
Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dois anos recuavam 2,3 pontos-base, a 4,749%, e os de dez anos, 2,7 pbs, a 3,807%. No mesmo horário, o índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, recuava 0,06%, a 99,90 pontos.
Os papéis de companhias financeiras e tecnológicas impulsionaram os índices no dia. Amanhã, o Bank of America e o Morgan Stanley reportam seus resultados trimestrais, pela manhã. No caso do Morgan, os investidores devem olhar para as receitas provenientes das divisões de sales, trading e investimentos, em um trimestre marcado por um mercado de capitais desaquecido.
Além das instituições financeiras, companhias como Tesla e Netflix também reportam seus resultados trimestrais ao longo desta semana. Os papéis da montadora elétrica, cotados na Nasdaq, subiram 3,20%, a US$290,38, após a companhia informar no sábado que construiu seu primeiro Cybertruck.
Também no setor tecnológico, os papéis da Apple avançaram 1,57%, a US$193,99, após o Morgan Stanley elevar o preço-alvo para a companhia.
“O mercado, em minha visão, continua a ter uma precificação razoável. Meu receio, daqui para a frente, é o Federal Reserve começar a fazer além do necessário para combater a inflação, o que eventualmente acabaria por prejudicar a economia”, afirmou o vice-presidente da Wedbush Securities, Stephen Massocca, à Refinitiv.