Por Gabriel Ponte
As principais bolsas americanas encerraram a sessão desta quarta-feira (2) em queda, com investidores repercutindo o rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela agência de classificação de riscos Fitch ontem à noite, e aproveitando o recente rali para realizarem lucros.
O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 caíram 1,38%, 0,98% e 2,21%, respectivamente. O S&P500 registrou a maior variação intradiária negativa em quase três meses. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dois anos perdiam 2,5 pontos-base, a 4,881%, e os de dez anos ganhavam 4,6 pbs, a 4,073%.
Ontem, a Fitch rebaixou o rating americano de “AAA” para “AA+”, projetando um cenário de deterioração fiscal ao longo dos próximos três anos, bem como a elevação da dívida do governo. O rating é utilizado por investidores e operadores para avaliar o perfil de risco das companhias e do governo no processo de estudo de um potencial investimento em um país. A Fitch foi a segunda maior agência de classificação a rebaixar o rating americano – a outra foi a Standard & Poor, em 2011.
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À CNBC, o CEO do J.P. Morgan, Jamie Dimon, afirmou hoje que o rebaixamento do rating dos EUA “não importa muito”, mas disse ser “ridículo” que países como o Canadá possuam uma nota superior à dos EUA, enquanto dependem da estabilidade criada pela economia americana.
Investidores também realizaram lucros hoje após a forte alta mensal das bolsas em julho. Os papéis de companhias tecnológicas recuaram mais uma vez, diante do avanço dos rendimentos das Treasuries.
Amanhã, após o fechamento dos mercados, serão divulgados os balanços do segundo trimestre da Apple e Amazon.
