Juros renovam mínimas com visão de antecipação de corte de Selic

Os investidores ainda aguardam novidades sobre o arcabouço fiscal

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Por: Clara Guimarães

Os contratos de juros futuros renovaram mínimas diárias em toda a curva, dando sequência ao recuo da véspera, com o mercado antecipando a possibilidade de corte da Selic e diante da expectativa de anúncio de arcabouço fiscal pelo governo.

Perto das 11h23, o DI com vencimento em janeiro de 2025 operava em queda de 17 pontos-base, a 12,45%; o de Jan/27 cedia 17 pontos-base, a 12,83%,; o de Jan/29 perdia 15 pontos-base, a 13,28%; o de Jan/31 recuava 12 pontos-base a 13,46%.

Nos Estados Unidos, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos recuava 4,5 pontos-base a 3,925%, enquanto o de dois anos tinha baixa de 1 ponto-base, a 5,003%, após falas mais duras do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano ontem.

Powell prestará hoje outro depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, às 12h00. Ontem, disse que o BC americano poderia considerar um aumento das taxas de juros de meio ponto percentual neste mês e provavelmente poderá elevar as taxas mais do que o esperado para esfriar uma economia surpreendentemente forte e que alimenta uma inflação persistente.

As taxas de juros futuros domésticas seguem pressionadas pela leitura de que a perda de força da atividade pode dar ao BC espaço para iniciar o processo de alívio monetário. A curva embute uma probabilidade de 30% de alívio já no encontro do Copom em maio.

Os investidores ainda aguardam novidades sobre o arcabouço fiscal. Em relatório, os economistas da XP apontam que “uma nova regra fiscal crível e sustentável poderia abrir espaço para flexibilização monetária mais cedo, ainda no segundo semestre deste ano”.