Por: Stéfanie Rigamonti
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou uma nova linha de crédito ao agronegócio de R$1 bilhão, que entrará em vigor na próxima segunda-feira, 1º de maio, em evento do Agroshow.
A taxa da nova linha é de 7,5%, mas descontado o câmbio, a taxa real é de 3%, segundo Mercadante, já que a nova linha está indexada ao dólar. “É a coisa mais criativa que nós poderíamos fazer nesse cenário de juros elevadíssimos”, afirmou nesta terça-feira.
“Os exportadores da agricultura que tem recebíveis em dólar vão poder operar essa linha para compra de máquinas, equipamentos, tratores, colhedeiras, instrumentos para irrigação e para armazenagens”, elucidou o presidente do BNDES. “E o crédito é automático, porque é totalmente informatizado”, completou.
Mas a condição para a tomada do crédito, segundo Mercadante, é que os produtores não estejam envolvidos com o desmatamento ilegal. “Nós queremos uma agricultura de precisão, uma agricultura moderna”, acrescentou.
Mercadante disse ainda que os bancos parceiros do BNDES podem operar com essa linha de crédito, para que seja mais rápida a oferta. “Inclusive, o Banco do Brasil vai operar com essa linha”, garantiu.
O presidente do BNDES explicou que a intenção é aumentar o valor disponibilizado para essa linha de crédito, conforme o Brasil expandir seus acordos diplomáticos. Essa e outras linhas que estão sendo planejadas pelo banco aconteceram após parcerias estabelecidas na China. “Nós temos mais ou menos US$4,5 bilhões para serem encaminhados ao BNDES. Então, isso vai forlatecer essas linhas médio prazo”.
Mercadante disse que uma linha semelhante à anunciada hoje ao agronegócio será lançada para indústrias e serviços no dia 25 de maio.
Outra linha que já está operacional, segundo Mercadante, é destinada às micro, pequenas e médias empresas, que terá recursos dos bancos, mas garantidos em até 80% pelo BNDES, algo que foi possível fazer graças à renovação do fundo FGI PEAC, criado durante a pandemia para garantir as operações de crédito. “É uma solução muito engenhosa”, afirmou. “É impressionante como a demanda cresceu muito”, emendou.