Por Fabricio Julião
As taxas dos contratos de juros futuros caíam na abertura da sessão desta quinta-feira no Brasil, em movimento de ajuste após a alta acentuada de ontem. Investidores seguem atentos aos sinais de desaceleração na atividade econômica americana, após os pedidos de seguro-desemprego semanais indicarem que o remédio amargo da alta dos juros pode estar fazendo efeito nos Estados Unidos.
Por volta das 10h25, os DIs mais curtos caíam entre 7 e 5 pontos-base, enquanto os contratos com vencimentos longos eram negociados em queda de cerca de 2 pbs.
Após a entrega do novo arcabouço fiscal ao Congresso nesta semana, investidores aguardam a próxima decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reunirá em 3 de maio. As apostas são quase unânimes na manutenção da Selic em 13,75% ao ano, com início de cortes na taxa no segundo semestre.
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No exterior, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA vieram acima do esperado e contribuíram para a queda dos DIs logo cedo no Brasil. As solicitações subiram 5 mil na semana encerrada em 15 de abril, para 245 mil – acima das expectativas de mercado de 240 mil. Apesar da leve inclinada à hipótese de um Fed mais brando depois dos dados de desemprego de hoje, as apostas continuam majoritárias para um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros americana na reunião de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Segundo dados compilados pela Chicago Mercantile Exchange (CME), 85% das negociações de opções apostam que os Fed Funds passarão ao intervalo de 5% a 5,25% ao ano, ante 15% de apostas na manutenção da taxa e no fim do ciclo de altas.
