Juros operam em queda com exterior e reoneração parcial dos combustíveis

“A retirada da isenção de impostos sobre combustíveis deve piorar a inflação no Brasil", alerta especialista

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Por Clara Guimarães

Os contratos de juros futuros operam em queda nesta quarta-feira, em linha com os yields e o dólar, com maior apetite ao risco no exterior, enquanto investidores avaliam a confirmação de reoneração parcial dos combustíveis.

Perto das 09h30, o DI com vencimento em janeiro de 2025 operava em queda de 3,5 ponto-base a 12,645%; o de Jan/27 cedia 2,5 pontos-base, a 12,95%; o de Jan/29 perdia 3 pontos-base, a 13,31%; o de Jan/31 recuava 3 pontos-base a 13,45%.

Nos Estados Unidos, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos operava estável a 3,934%, com maior otimismo no exterior, após dado melhor que o esperado na China.

O índice Caixin dos gerentes de compra do setor manufatureiro da China, divulgado na madrugada, subiu para 51,6 em fevereiro, o maior patamar desde maio de 2021, ante 49,2 no mês anterior e acima do consenso de 50,2.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de uma Medida Provisória que prevê a reoneração de R$0,47 sobre o preço do litro da gasolina e de R$0,02 sobre o etanol por quatro meses. Quando a MP caducar, os impostos federais sobre a gasolina voltarão a ser de R$0,69 por litro, enquanto sobre o etanol voltará a ser de R$0,24, como antes da desoneração. A medida também prevê a taxação de 9,2% da exportação de petróleo cru.

Ainda assim, o sócio-fundador da GT Capital, Marcus Labarthe, alerta também para a possibilidade de uma elevação das perspectivas para a inflação. “A retirada da isenção de impostos sobre combustíveis deve piorar a inflação no Brasil, sem dúvidas, visto que parte da alta é por causa dos combustíveis”, disse.