Juros futuros recuam em sessão de oscilação à espera de Fed e Copom

Perto das 10h30, o DI com vencimento em janeiro de 2025 operava praticamente estável a 12,845

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Por: Clara Guimarães

Os contratos futuros de juros operam sem tendência definida em dia de decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e de olho em eleição dos presidentes das duas casas no Congresso brasileiro.

Perto das 10h30, o DI com vencimento em janeiro de 2025 operava praticamente estável a 12,845%; o de Jan/27 subia 0,5 ponto-base, a 12,83%; o DI de Jan/29 estava estável, a 13,00%; e o de Jan/31 cedia 2 pontos-base a 13,06%. No mesmo horário, o dólar futuro recuava 0,28% a R$5,087.

Os juros oscilam à espera das decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. De acordo com todos os 16 bancos e casas de análise consultados pela Mover, o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve manter a Selic inalterada em 13,75%. No comunicado, o colegiado deve manter um tom mais duro diante da piora das expectativas de inflação após o novo governo expor críticas à condução da política monetária.

Desde a última reunião, a trajetória das expectativas de inflação se deslocou 0,50 ponto percentual para cima, considerando 2024. E o horizonte relevante do BC já deve estar no terceiro trimestre de 2024, disse o economista e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman,em entrevista à Mover.

Nos Estados Unidos, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos recuava 4 pontos-base a 3,472%, com o mercado apostando em uma postura mais “dovish” do Federal, sendo quase consensual uma elevação de 25 pontos base da taxa de juro. Divulgado nesta manhã, o relatório ADP mostrou criação de 106 mil posto em janeiro, abaixo do consenso de 178 mil.

Já no cenário político, o governo de Lula espera a definição dos comandantes das duas Casas do Congresso para contemplar cargos de segundo e terceiro escalão, segundo o jornal Estado. O favorito para a reeleição na Presidência do Senado é Rodrigo Pacheco (PSD), embora a candidatura de Rogério Marinho (PL) tenha ganhado musculatura. Na Câmara dos Deputados, um acordo entre partidos para reconduzir Arthur Lira (PP) à presidência foi fechado ontem, segundo o Correio Braziliense.