Itaú BBA melhora projeções de déficit fiscal e inflação para 2023

O Itaú BBA cortou a projeção de inflação de 6,3% para 6,1% neste ano, incorporando corte de preços de combustíveis pela Petrobras

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Por Felipe Corleta

O Itaú BBA melhorou nesta quarta-feira suas projeções para o déficit fiscal primário e para a inflação no Brasil em 2023, citando perspectivas melhores para a revisão da tabela do imposto de renda, a necessidade de um arcabouço fiscal crível e a redução de preços de combustíveis pela Petrobras.

Em relação ao déficit primário, o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, revisou a projeção para 2023 de 1,4% para 1,2% do Produto Interno Bruto. Para 2024, o déficit das contas públicas foi revisado de 0,9% para 0,7% do PIB.

Para tanto, Mesquita assume que “o novo governo implementará uma regra fiscal que, na prática, manterá o gasto constante como proporção do produto”, mesmo que em um nível historicamente elevado. Pelo lado da receita, ele assume que o governo aumentará arrecadação com um imposto sobre lucros e dividendos; com e revisão parcial de desonerações; e com aumento de alíquotas corporativas sobre alguns setores.

Em relação à inflação, o Itaú BBA cortou a projeção de 6,3% para 6,1%, incorporando corte de preços de combustíveis pela Petrobras. Para 2024, o maior banco comercial da América Latina manteve a projeção de inflação em 4,2%.

O Itaú BBA também estima que a desoneração de impostos sobre combustíveis será completada em julho, mas que os preços de gasolina e diesel podem ser compensados por “uma mudança nas políticas de preços da Petrobras”.

A equipe de Mesquita ainda reiterou suas projeções para o crescimento do PIB de 1,3% em 2023 e de 1,0% em 2024. Eles também reiteraram suas projeções para o Dólar-Real em R$5,30 em 2023 e R$5,40 em 2024, citando os dados de inflação mais resilientes nos Estados Unidos e a revisão nas projeções para as taxas de juros norte-americanas. A projeção para a Selic foi mantida em 12,50% para 2023 e 10,00% para 2024.