Por Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (5) em leve alta, após um pregão em que o índice ficou boa parte do tempo estável devido à baixa liquidez. A Petrobras e o setor financeiro impulsionaram o desempenho, enquanto Vale e Eneva foram destaque negativo. O Ibovespa avançou 0,12%, aos 112.696 pontos. A sessão registrou volume de R$14,4 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
As ON e PN da Petrobras subiram 0,62% e 1,07%, respectivamente, em sintonia com o movimento do petróleo Brent, que chegou a avançar mais de 3% na sessão. No pano de fundo, a Arábia Saudita anunciou no fim de semana um corte adicional de produção de 1 milhão de barris por dia, o menor patamar de produção do país desde junho de 2021.
Segundo o chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, Idean Alves, se a oferta no curto prazo for reduzida, é possível ver a commodity voltando a negociar mais perto dos US$100, caso a demanda global continue no ritmo atual.
Os papéis do setor financeiro reverteram as perdas e impulsionaram o Ibovespa no fim da sessão: as PN do Bradesco, do Itaú e as ON do Banco do Brasil e da B3 avançaram 1,81%, 0,22%, 0,33% e 0,28%, respectivamente.
Na ponta oposta, as ON da CVC saltaram 10,83%, liderando as altas do índice. Investidores acompanharam a informação de que o fundador e antigo controlador da operadora de turismo, Guilherme Paulus, se comprometeu a investir R$75 milhões em uma futura oferta primária da companhia.
As ON da Vale recuaram 0,82%. Apesar da alta de 2,15% do minério de ferro, o mercado também digeriu a notícia de que o BTG Pactual revisou para baixo o preço-alvo das ações da mineradora, após incorporar um cenário de maiores custos e menores preços do minério de ferro. Ainda assim, o BTG manteve a recomendação de “compra” para papéis.
As ON da Eneva cederam 4,01%, liderando as quedas percentuais do índice. De manhã a Fitch cortou o rating da 9ª emissão de debêntures da companhia de “AAA(BRA)” para “AA+(BRA)”.
Na parte da tarde, membros do Banco Central discursaram em diferentes eventos. Ambos falaram sobre o atual cenário econômico do país e tiveram um tom mais “dovish” (que tende para a queda de juros), o que ampara a redução do prêmio de risco dos mercados, como o de juros, e dá suporte à Bolsa.