Por Luca Boni
O Ibovespa iniciou a sessão desta segunda-feira em alta, impulsionado pelas ações de mineradoras e siderúrgicas, que avançam em linha com a alta do minério de ferro nos mercados globais. Nesta semana, investidores deverão continuar repercutindo a divulgação de balanços corporativos e acompanhar os desdobramentos do projeto do arcabouço fiscal no Congresso.
Por volta das 10h20, o Ibovespa avançava 0,33%, aos 108.821 pontos, caminhando para registrar a oitava alta consecutiva. O volume de negócios projetado para a sessão é de R$18,3 bilhões, considerado mediano.
As ON da Vale e PN da Gerdau subiam 1,45% e 0,91%, respectivamente, impulsionando o índice. O minério de ferro saltou 4,17% na bolsa chinesa de Dalian na última madrugada, após aumento de 9% da demanda aparente por cinco siderúrgicas, segundo dados da Mysteel citados pela Reuters. A expectativa de anúncio de mais estímulos pela economia chinesa corroborou para a alta nos preços da commodity. Também perto das 10h20, o índice de Materiais Básicos da B3 avançava 1,45%.
As ON da Dexco e BRF e as PNA da Usiminas subiam 3,09%, 2,56% e 2,82%, respectivamente, figurando entre as maiores altas do Ibovespa.
Na ponta oposta, as ON da BB Seguridade recuavam 4,86% e lideravam as quedas percentuais do Ibovespa. Nesta manhã, a segunda maior seguradora do Brasil informou ter registrado lucro líquido de R$1,76 bilhão no primeiro trimestre, próximo do consenso Mover, de R$1,73 bilhão, impulsionado pelo crescimento de prêmios ganhos retidos, melhora da sinistralidade e aumento do resultado financeiro.
As ON e PN da Petrobras perdiam 1,41% e 1,60%, respectivamente. Ontem, a estatal informou ao mercado que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva no início desta semana.
Na seara política, investidores seguem atentos aos passos do relator do projeto de lei do novo arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (Progressistas), que deve apresentar seu relatório amanhã a líderes de bancadas. Dúvidas sobre a sustentabilidade do marco continuam no radar do investidor, caso Cajado faça poucas alterações no texto original, enviado ao Congresso pelo Ministério da Fazenda.