Por: Luca Boni
O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira, de volta ao patamar dos 115 mil pontos, com investidores animados com a desaceleração acima do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio. Por outro lado, dados fracos na China adicionam cautela e pressionam as siderúrgicas e mineradoras, que impedem um maior avanço do índice.
Por volta das 10h51, o Ibovespa avançava 1,15%, aos 115.925 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$24,7 bilhões, acima da média de 50 pregões.
O IPCA de maio registrou inflação de 0,23%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O dado surpreendeu o mercado, que esperava inflação de 0,36%, segundo o TC Consenso.
Para o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, o IPCA reforça que o Banco Central tem cada vez mais espaço para iniciar o corte nos juros. “Com isso, estamos prestes a ver uma inversão de ciclo no mercado brasileiro, fazendo com que os investidores retirem seus recursos de ativos menos arriscados de renda fixa para alocar em ativos de risco, como bolsa de valores”, afirma.
As ON e PN da Petrobras sobem 1,92% e 2,03%, na mesma ordem. O contrato futuro do petróleo Brent avança 0,77% a US$76,89 por barril.
Também entre os destaques positivos estão as PN da Gol, da Azul e as ON do Carrefour e da Magazine Luiza, que sobem 5,94%, 3,81%, 4,38% e 3,28%, na sequência. Essas empresas são beneficiadas pelo cenário de queda de juros e, por isso, reagem positivamente à inflação abaixo do previsto.
Na ponta negativa, ações de empresas ligadas ao minério de ferro recuavam, com investidores cautelosos depois de dados abaixo do esperado da balança comercial da China. O minério de ferro fechou perto da estabilidade, com alta de 0,7% na Bolsa chinesa de Dalian.
As ON da CSN Mineração, da Vale e as PN da Gerdau caíam 2,31%, 0,25% e 0,40%, respectivamente.