Por Gabriel Brondi
O Ibovespa oscila na manhã desta quinta-feira, pressionado pela queda das ações da Vale e de siderúrgicas, após o Goldman Sachs emitir relatório negativo para a Gerdau. A perda é limitada graças à melhora no sentimento de risco de investidores no mercado externo, após a divulgação de balanços e dados econômicos nos Estados Unidos.
Perto das 11h00, o índice de referência da B3 recuava 0,03%, aos 109.915 pontos. Os papéis ordinários da Vale (VALE3) e preferenciais da Gerdau (GGBR4) desidratavam o Ibovespa em mais de 200 pontos, com recuos de 0,90% e 4,27%, respectivamente. Mais cedo, a equipe de análise do Goldman Sachs rebaixou a recomendação para as ações preferenciais da Gerdau de “compra” para “neutra”.
Entre os destaques percentuais do índice, no mesmo horário, a maior alta era das ordinárias da Hapvida (HAPV3), que avançavam 4,02%, seguidas pelas ordinárias da Via (VIIA3) e da BRF (BRFS3), com ganhos respectivos de 2,83% e 1,91%. As maiores quedas eram das ordinárias do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), seguidas pelas preferenciais da Gerdau e Gerdau Metalúrgica (GOAU4), que caíam 5,33%, 4,27% e 4,05%, na ordem.
Em Nova York, os índices futuros se recuperam, apesar das sinalizações de autoridades do Federal Reserve sobre o compromisso de combater a inflação. Há pouco, o mercado acompanhou a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que atingiram a marca de 196 mil, enquanto o consenso previa 194 mil pedidos. Os balanços corporativos positivos divulgados ontem, como o da Walt Disney, também impulsionam os índices americanos hoje.
No plano corporativo, a Petrobras divulgou ontem à noite a produção total de óleo e gás de 2,65 milhões de barris de óleo equivalente no quarto trimestre de 2022, praticamente estável frente ao trimestre anterior, quando bombeou 2,64 milhões de boed. As ações da Petrobras sobem em torno de 0,50% na sessão.
Na política interna, o mercado recebeu com otimismo as falas do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que declarou ontem à tarde que o governo não tem a intenção de alterar a lei de autonomia nem de fazer pressão sobre os mandatos do Banco Central. Ontem à noite, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, deu o recado de que nunca teve no debate a possibilidade de redução de taxa de juros no curto prazo.