Por: Luca Boni
O Ibovespa inicia a sessão desta quarta-feira em leve baixa, com investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária com a expectativa de que a taxa Selic será mantida em 13,75%, porém as atenções estarão voltadas principalmente para o tom do comunicado para as próximas decisões. As ações da Petrobras impulsionavam o índice.
Por volta das 10h40, o Ibovespa operava com queda de 0,18% aos 119.406 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$18,7 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
A segunda parte da reunião do Copom termina hoje e após o fechamento do mercado, vai ocorrer o anúncio de sua decisão, que segundo o TC Consenso, as apostas são unânimes para a manutenção da Selic no patamar atual. O foco dos investidores é para o comunicado que ditará os rumos da política monetária.
As ON e PN da Petrobras avançavam 2,51% e 2,49%, respectivamente, sendo a principal contribuidora por pontos do Ibovespa. Ontem à noite, em relatório, o Goldman Sachs elevou a recomendação dos papéis de “neutra” para “compra” e projetou um preço-alvo para o final de 2023 em R$41, ante alvo de R$28,10.
De acordo com os analistas, as ações da Petrobras têm sido negociadas em patamar atraente, que embute significativo potencial de valorização.
As ON da Yduqs e da Natura subiam 3,75% e 3,70%, na ordem, figurando entre as maiores altas percentuais do índice.
Na ponta oposta, as ações de siderúrgicas e de mineradoras pressionavam negativamente o Ibovespa, em linha com a queda do contrato futuro do minério de ferro que prolongou as perdas com os investidores avaliando até que ponto a China pode oferecer medidas adicionais de suporte para a economia.
As ON da Vale, da CSN e as PN da Gerdau recuavam 0,71%, 0,84% e 1,20% na sequência. O Índice de Materiais Básicos caía 1,18%, liderando as quedas entre os índices da B3.
Entre os destaques de baixa, as ON da Suzano também pressionavam o índice e recuavam 1,79%. As ON da Embraer, do Carrefour e da Rumo perdiam 2,91%, 2,33% e 2,27%, respectivamente, figurante entre as maiores quedas percentuais.
Há pouco, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, por 19 a 6, o texto base do arcabouço fiscal. A votação segue com a apreciação de duas emendas que foram destacadas. Após o trâmite, a matéria será encaminhada para votação no plenário do Senado, o que deve acontecer ainda hoje.