Ibovespa cai com deflação do IPCA pior que o esperado

Acompanhe a abertura dos mercados nesta terça (11)

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Por Luca Boni

O Ibovespa iniciou a sessão desta terça-feira (11) em queda, com investidores ajustando suas posições e calibrando suas expectativas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrar uma deflação pior do que o esperado. Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,90%, aos 116.665 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$16,5 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

O IPCA de junho registrou uma deflação de 0,08% ante inflação de 0,23% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais cedo.

Embora tenha registrado a primeira deflação desde setembro de 2022, o dado veio levemente pior do que as expectativas reunidas no TC Consenso, cuja projeção era de uma deflação de 0,10%. O tamanho do recuo dos preços sinaliza para o mercado qual a magnitude do corte na taxa Selic, precificado para agosto.

Segundo o head de renda variável da A7 Capital, Andre Fernandes, “com o indicador praticamente em linha com o esperado, algumas apostas mais agressivas no corte de juros para agosto passaram a ser reajustadas, pressionando o mercado nesse início de pregão”.

“Investidores também ajustam suas posições de forma mais defensiva, aguardando o dado de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA amanhã”, afirmou.

No âmbito corporativo as ações PN do Itaú, as ON da B3 e da Ambev recuavam 0,90%, 1,14% e 1,20%, respectivamente, pressionando o Ibovespa.

Empresas ligadas ao consumo doméstico, mais sensíveis aos juros, estavam entre as maiores quedas neste início de sessão. O Índice Imobiliário (Imob) e o Índice de Consumo (Icon) cediam 3,01% a 2,35%, na sequência, liderando as quedas entre os índices setoriais da B3.

As PN da Gol, as ON do Grupo Soma e da Locaweb caiam 2,81%, 2,30% e 2,29%, na mesma ordem, entre as maiores perdas percentuais do índice.

Na ponta oposta, as ON da Vale subiam 1,23%, em linha com a valorização do minério de ferro na China, que avançou após o banco central da China estender um pacote de resgate para o setor imobiliário.