Por: Luca Boni
O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira, em uma semana marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de balanços corporativos e ações da Vale, que sobem em linha com o minério de ferro. Internamente, o foco está voltado para declarações de líderes do governo após o presidente Lula dizer na última semana que o país não irá atingir a meta fiscal em 2024.
Perto das 10h20, o Ibovespa avançava 0,51%, aos 113.949 pontos. Caso este ritmo seja mantido, o volume deve chegar a R$12,2 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Nos EUA, o mercado é unânime em acreditar que o Federal Reserve irá manter os juros inalterados. No cenário local, a expectativa é por uma nova redução de 0,50 pontos percentuais na Selic.
No Oriente, apesar de o ataque israelense à Faixa Gaza neste fim de semana ter sido o maior desde o início da guerra, em 7 de outubro, com Israel prometendo continuar os seus ataques em grande escala na perseguição ao grupo terrorista Hamas, a incursão terrestre foi mais contida do que o temido. Isso acaba corroborando com o clima de apetite ao risco.
Por aqui, as declarações de Lula sobre a meta fiscal pesaram sobre os mercados. Agora, os agentes aguardam com atenção a coletiva que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá conceder a partir das 10h30.
Investidores reagem ainda ao boletim Focus, que trouxe novas revisões positivas para esse ano. No entanto, para o ano que vem, as projeções ficaram acima comparado com a semana passada. Às 14h, o Ministério do Trabalho divulgará os dados do Caged relativos ao mês de setembro, que tem a previsão da criação de 208,85 mil novos empregos.
Entre as ações, os destaques positivos eram as ON da Vale, da Eletrobras e da CCR, que avançavam 1,32%, 1,37% e 3,90%, respectivamente, e eram as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa. Em Dalian, na China, o minério de ferro subiu 2,51%, o que ajuda no avanço dos papéis da mineradora.
Já as ON do Assaí, da Natura e da CSN Mineração subiam 2,25%, 2,00%, e 2,02%, nesta ordem, sendo os destaques percentuais positivos.
Na ponta oposta, os destaques negativos eram das ON da BRF, da PRIO e da Suzano, que recuavam 2,85%, 0,33% e 0,25%, na sequência.
(LB | Edição: Leandro Tavares | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)